quarta-feira, 20 de maio de 2009

Esse menino

Um dia um rapaz já meio cabisbaixo olhou para o horizonte e não viu nada além das nuvens e do azul imenso do céu que o cobria. Esse azul celeste era a cortina do universo que o cobria com sua sabedoria e doçura.
Esse mesmo rapaz que a muito tempo tratou a vida como uma criança e ninou seus dias de uma forma alegre e despreocupada, hoje deixou de ser tão despreocupado assim. Não que a alegria o tenha deixado, ou que a simplicidade da vida tenha se tornado complexa de uma hora pra outra. Mas "de ontem em diante" ele percebeu que a vida pode ser simples e leve com todas as responsabilidades postas em suas costas e que tudo o que esperam dele pode ser alcançado, desde que ele também espere dele mesmo.
A sensação de viver bem consigo mesmo é a que ele mais se orgulha de estar vivendo, fazendo desse solo que é a vida, um acompanhamento muito bem compassado e por que não, um belo arpejo de alegria. Tomei a liberdade de metaforizar por meio da música a situação vivida pelo rapaz, pois a relação que a música tem nessa mudança é direta, além de não ser nada mal usar a música em momentos como esses.
É, foi isso que constatei nesses dias.
E que fique claro nessa postagem que quem fala por música no blog é o Estel do Mask&Musik, e que eu sou apenas um admirador dessa forma de olhar as coisas, por isso, não é plágio! (sápskss)

Ouçam Bruna Caram.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Aprendendo

Acredito que ontem tive uma longa e sincera conversa com meu pai sobre um tema um tanto esquecido entre nós. Foi um passo largo e proveitoso , uma conversa onde não achamos soluções para desvendar a origem do universo, porém, confabulamos e expomos nossas opiniões de uma forma aberta e simples.
Tenho certeza de que a imagem que meu pai tinha de mim foi trasformada, não que ele tivesse uma visão ruim deste filho - que não é o primogenito - mas a conversa de ontem deu início à um novo capítulo em nossa relação.
Não é por isso que mudo minha opinião em relação às atitudes que ele tomou no passado, mas com essa conversa deixamos alguns conflitos de lado e nos tornamos mais amigos, mesmo que por algumas horas.
A importância dessa conversa foi tanta, que tornou a minha segunda-feira um pouco diferente das demais, trazendo consigo um aprendizado que vai render bons frutos no futuro.
Com isso me senti mais uma vez feliz por minha mãe estar presente nessa discussão e isso não ter sido motivo para conflitos e possíveis desavenças, que normalmente acontecem quando os dois estão juntos. Sei também que o fato de agirmos como agimos ontem, é de fundamental importância, pois é com essas e outras situações que formamos de pouco a pouco um caráter e fundamentamos uma personalidade.
Agradeço de coração pela segunda-feira ímpar que tive no mês de Maio e também pela cerveja que tomei antes de ir para o centro da cidade. Pois foi tomando essa cerveja que despertei para importância de documentar essa situação vivida tão intensamente.

É sempre um prazer saborear um "suco de cevadis" geladinho!

domingo, 17 de maio de 2009

Campinas, mais ameno.

É meu amigo Charlie Brown, esse foi um fim de semana pra lá de diferente dos que tenho passado. Primeiro por não ter sido aproveitado na grande metrópole do cinza e sim em uma de suas ramificações interioranas. E depois por ter sido calmo e bom(não que os outros não tenham sido bons).
Um fim de semana que rendeu churrasco com a família e a quase extinta sensação de que não somos apenas eu e minha progenitora, mas sim uma "família" com mais alguns membros para brigar e festejar, curtir e entediar, enfim, viver uma vida normal como a das outras famílias, mesmo sendo a nossa família um tanto diferente.
Esse fim de semana teve cara de passado, teve a cara do tempo em que quando chegavam as férias de julho eu e minha mãe nos mandávamos de mala e cuia pra Campinas e ficávamos lá até o tédio nos fartar. Com certeza foi um fim de semana de arregalar-se, daqueles em que você vai embora com a ligeira vontade de deixar pra voltar pra São Paulo no dia seguinte.
Eu só quero contemplar com vocês o quanto foi bom ter carregado o meu querido e travesso primo nas costas o final de semana INTEIRO e o quanto tudo o que fiz e falei foi bom pra mim. Também dizer que não há nada mais aconchegante e reconfortante do que estar do lado dos que te amam e que mesmo não vivendo perto, nunca deixam de estar com você por onde você vá. É sempre bom saber onde encontrar conforto e comida caseira, um "Pingo" de carinho e umas duas doses de afeição.

Me sinto feliz!

domingo, 10 de maio de 2009

vide

Sempre depois de uma boa bebedeira, a ressaca traz as olheiras e o cansaço. Esse cansaço que enche a álma e esvazia o estômago, inundando o mundo que rodeia o ressacado de lembrança e também da falta delas.
O "estar ressacado" não se resume a consequência de uma longa e comovente dose de alto teor alcólico no corpo, mas também a sensação de ter vivido a vida de uma forma não convencional e acordar com a cabeça inchada de tanta porrada que você levou desse modo diferente que escolheu pra viver um dia. Acordar sabendo pouquíssimo do que aconteceu no dia anterior e sabendo menos ainda do que acontecerá nesse dia que precede a tal mudança.
Aquela confusão, quase que instantânea, causada pela dose de vida 100% vivida que você sofre no momento em que faz a coisa do jeito que nem você mesmo esperava, é tão suculenta, porém, tão sutíl que nem você se esforçando pra refazê-la e ver aquilo tudo acontecer de novo, ela não volta.
Essa parte de vida vivida e virada como um copo americano dosado de boa cachaça, já foi. E essa efemeridade de ter ido sem se quer deixar algo para provarmos, é tão facinante quanto a concreta e banal rotina que nos cerca na maioria dos dias. Porque se dissermos que a rotina é ruim, mentimos à nós mesmos. A rotina pode não ser apaixonante como a professora da 4ª série, e nem tão pouco excitante como a executiva de traje social colado ao corpo em plena Av. Paulista, mas ela supre as nossas necessidades.
Ela não faz com que sejamos surpreendidos o tempo todo, mas faz com que passemos por coisas alegres e tristes sem darmo-nos conta e mesmo assim aprendendo com elas. A rotina também nos deixa ressacados e prontos a por os neurônios pra brigar. E é isso que a vida quer de nós, sim, a vida quer nos dar a eterna ressaca para que todos nós soframos e triunfemos com ela.
Contudo, já dizia um amigo meu que: "- melhor remédio pra curar a ressaca não tem, se não a continuidade na bebedeira", e é por isso e por tudo que nos reserva que continuamos a viver, a beber e a voltar a ressacar..

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Lembrança

Realmente, o que te importa se a minha tristeza deixou marcas, ou se o meu carinho chegou tarde de mais? O que te importa se a lágrima que caiu rasgou a minha face e dilacerou meu peito, se você também chorou e isso não foi notado por mim?
O que te importa se nas horas de solidão e angústia que, passei sentindo a sua falta, te chamando e você não veio ao meu encontro? O que te importa se nessas horas a minha vontade era de te amar como eu jamais tinha amado alguém em toda a minha vida, sendo que quando você quis me dar amor eu não fui pronto a retribuí-lo?
O que te importa se eu te amo, te venero e te adoro, se quando eu fiz parte do seu sonho não soube torná-lo realidade e fazer você mais feliz? O que te importa dizer que estava enganado o tempo todo e que o arrependimento tomou conta da minha vida desde o momento em que tive a certeza de que não a teria mais?
Realmente, que importância isso tudo tem pra você, se não temos mais o menor contato e se a vontade de abraçar não é mútua? Mas mesmo assim, mesmo que toda essa "nossa" história não tenha passado de um simples ou complexo começo, eu quero dizer que eu me importo...
Eu me importo com o que você faz e com o que você tem feito esse tempo todo. Eu me importo com o que você come e como você tem se alimetado todos esses dias. Eu me importo com o que você sente e me sinto mal quando você parece estar triste. Eu, realmente, me importo de mais com você.

É só isso que eu tenho à dizer.