segunda-feira, 19 de maio de 2008

Dor, indigesta companheira da minha vida!


Sinto-a em todos os momentos, mesmo que maquiada em uma posição esquisita
ou até mesmo em um jeito novo de dormir. Sinto-a em meus ossos e músculos molestando-me
tanto fisicamente como psicológicamente. A dor não é apenas uma companheira que nas horas
boas e nas horas más me acompanha assim como um amigo de longa data.
Essa dor que a tanto tempo me "presenteia" com a sua presença, não está nem aí se
eu, o seu portador, sente-se mal ou simplesmente sente a sua presença. Ela que não liga
para os momentos difíceis ou fáceis, apenas entra em contato com a minha álma e num instante se põe a corroer meus sentimentos e machucar aquele que sempre te deu abrigo.
Mesmo assim consigo viver com ela e me acostumo não me acostumando com o fato de ela não me deixar jamais e sempre me martirizar com lembranças que não tenho e sonhos que nunca se
realizarão. Com ela vivo os melhores momentos, as mais variadas degustações, as mais belas paisagens, assim como os piores sentimentos, a triste solidão e a vaga tragetória dos olhos negros da dúvida em momentos de pura desconexão com o mundo real.
Aliás, são nesses momentos que a companheira inseparável da minha angústia e falta de compreensão do mundo externo vem me assombrar e me violentar com a punhalada misericordiosa dada bem no meu órgão genital.
Mas me pergunto o porquê de tanta agonia se nasci forte e saudável? Se não me falta a comida e a boa roupa?
É...mas como foi dito que - "(...) nem só de pão viverá o homem (...)" - me conformo, neste momento, com a inutilidade que toma conta de mim, assim como me conformarei com a vertigem da minha cabeça quando souber da altura dos meus pensamentos.

Tenho dito...

1 comentários:

M. disse...

O.o