quarta-feira, 7 de abril de 2010

caminho

Não é por estar em casa, mas sinto que voltei de algum modo a peculiaridade da vida amena do lar.

E o mais interessante, gostei disso. Gostei de não ter que acordar cedo para ouvir pedidos petulantes de um alguém que não faz parte do interior da minha vida e sim da parte mais superficial dela. Hoje me parece um dia em que tirei para olhar a vida de um modo que não olhava a muito tempo.
No pensamento puro e absoluto da solidão forçada, a solidão que não é obtida e sim conquistada. Nesse pensamento consegui ganhar mais amor por mim e com isso distribuí-lo de tal forma que a porção será a equivalente para cada momento, sem medo algum de exagerar ou faltar. Senti que posso passar mais tempo comigo estando ao lado de alguém e que essa presença significa a troca de porções e de amores, quem sabe um verdadeiro aprendizado para a minha vida e para a vida comum que é a nossa.
O quanto esperei só me tornou mais esperançoso e crente de que a vida é tão dádiva quanto a morte e que a perda é ainda mais controlável do que a glória. A emoção de se estar disposto a enfrentar o medo e, compulsoriamente, avançar e avançar até o começo para não chegar ao fim traz consigo a força e a coragem de enfrentar o fim quando ele chegar, pois o fim é só mais um começo que teremos que conhecer e progressivamente abater.
Sinto-me forte o bastante para dar a mão e caminhar junto sem temer o tropeço ou a queda, pois tenho a certeza e a segurança em quem me acompanha e isso é recíproco, eu te amo.
Então, que se faça presente a luz da ressurreição no caminho que adentrarei a partir de hoje e que profética seja a imprevisível vida que nos espera, para que possamos nos surpreender a cada sim e a cada não que aparecer no nosso caminho.

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